A energia solar se consolidou como uma das principais fontes de geração elétrica no Brasil na última década
Pensando na história como um fluxo linear, pode-se dizer que o debate que gira em torno da energia solar e das demais fontes renováveis iniciou-se no século XIX. No entanto, os limites históricos desse tempo não permitiram que o debate sofresse algum tipo de expansão. Somente em 1973, a partir da crise do petróleo, é que essa questão acabou ganhando mais destaque.
Nesse sentido, a partir da década de 1990, especialmente com o fortalecimento das discussões acerca das mudanças climáticas e do aquecimento global, as fontes renováveis passaram a ser epicentro dos debates e das agendas ambientais em escala mundial.
No Brasil, o panorama atual demonstra que a energia solar tem consolidado-se como uma das principais fontes de energia alternativas ao modelo preestabelecido e majoritário: a energia hidrelétrica.
Neste ano, em 2025, por exemplo, o Brasil conseguiu atingir a marca de 38 GW de potência instalada em geração distribuída, contando, portanto, com mais de 5 milhões de consumidores e 3,4 milhões de sistemas fotovoltaicos conectados à rede, considerando o período até o mês de março.
Nesse sentido, a partir dessa realidade, é possível constatar que essa evolução, além de refletir diretamente o potencial desse modelo energético no território em sua totalidade, promove o crescente interesse por alternativas sustentáveis.
Quais são os benefícios da energia solar?
Inicialmente, é importante destacar que, dentre as fontes de energia renováveis, a solar é aquela que possui menor impacto antrópico e, por consequência, ambiental. Nesse sentido, os benefícios de seu uso em larga escala perpassam por essas duas esferas.
Dada sua localização geográfica, o Brasil possui muita disponibilidade de raios solares na maior parte do ano, o que já é uma vantagem em relação aos países que se distanciam da linha do equador. No entanto, em termos de economia concreta, a energia solar é capaz de gerar um desconto que transita entre 50% e 95% na conta de luz.
Outra vantagem da energia solar em termos econômicos é a estabilidade de preços. Esse tipo de energia permite também a previsibilidade, ou seja, o oposto que ocorre na geração padrão, que geralmente fica à mercê das flutuações de preços dos combustíveis fósseis.
Na macroeconomia, pensando no mercado de trabalho, o setor também possui capacidade de gerar muitos empregos, através da instalação, manutenção e fabricação de painéis. Ambientalmente, esse tipo de geração de energia reduz diretamente as emissões de gases de efeito estufa, atuando na preservação dos recursos naturais, tendo em vista a baixa necessidade de explorar a matéria-prima.
Por último, reduz a necessidade de usar a geração padrão. Os benefícios da energia solar funcionam, portanto, como um tipo de círculo, uma vez que todos eles funcionam interconectados e têm um processo autossuficiente. Os principais modelos de distribuição de energia solar, hoje, são: sistemas on-grid e off-grid. O primeiro é o mais comum no Brasil e no mundo.
Esse sistema está ligado à rede elétrica da distribuidora. Durante o dia, os painéis geram energia solar, que abastece diretamente os equipamentos da casa ou empresa. Se gerar mais do que consome, o excedente é injetado na rede elétrica e convertido em créditos. À noite ou em dias nublados, quando há pouca geração, a energia é automaticamente puxada da rede. Esse modelo possui menor custo de instalação por não precisar de baterias.
Já no off-grid, toda energia gerada é armazenada em baterias, sendo ideal para locais remotos. Esse sistema promove a independência total da distribuidora de energia. No entanto, possui custo mais alto de instalação, devido à necessidade de baterias e controladores de carga.
Mas, afinal, vale a pena investir em energia solar em 2025?
Neste ano, a legislação entra em uma fase nova, trazendo consigo mudanças na forma como os consumidores passarão a ser traficados. Mas o que mudou, de fato? Em tese, a principal alteração diz respeito à cobrança progressiva da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) do Fio B, em relação ao excedente injetado na rede por aquele que aderiu a um sistema depois do dia 7 de janeiro de 2023.
Nesse sentido, em 2025, o percentual cobrado é de 45%. No entanto, até o ano de 2029, ele será ampliado gradualmente, até atingir o valor de 100%. Todavia, é importante compreender que, apesar disso, aqueles que protocolaram algum projeto antes dessa data ainda possuem direito à compensação integral até 2045.
A lei também regulamenta a geração remota e compartilhada, facilitando o uso coletivo, por consórcios, cooperativas e condomínios. No fim, mesmo com essa nova taxação, a geração distribuída segue sendo economicamente atrativa, garantindo economia significativa na conta de luz e valorização do imóvel. Investir em uma fonte de energia sustentável sempre será uma excelente alternativa, tanto em termos econômicos quanto ambientais.
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